De Política / JC Liderados pelo deputado federal Raul Jungmann (PPS), membros da legenda pós-comunista e do PMN anunciarão hoje um objetivo que pode embaralhar ainda mais as peças da oposição em Pernambuco rumo às eleições de 2010: eles fazem questão de participar da chapa majoritária oposicionista no Estado.
Ainda mais: sugerem que a vaga seja o Senado, ironicamente o setor da chapa que já conta com dois nomes colocados – os senadores Marco Maciel (DEM) e Sérgio Guerra (PSDB).
O discurso que embasará a tese remete à necessidade de o grupo ratificar um teor de esquerda, sobretudo preocupados com os eleitores da Região Metropolitana do Recife. “Há espaço para um senador de esquerda.
Não temos um nome consolidado nesse aspecto e é preciso capturar o voto da esquerda metropolitana”, adiantou Jungmann.
O parlamentar acredita que é preciso agir, sobretudo frente ao “desconforto” de não ter definido o candidato que encabeçará a chapa majoritária. “Vamos botar o trem na rua.
Nos causa desconforto (a indefinição), mas ainda há tempo para consertar”, opinou.
O encontro, que acontecerá na sede do PPS, no Derby, inaugura uma ação que pretende tornar-se rotina mensal do grupo.
Além das discussões mais práticas, como as opções de entrar ou não num possível chapão oposicionista na proporcional, os filiados às siglas também pretendem discutir um programa de governo e organizar seminários temáticos.
Em Pernambuco, o bloco PMN/PPS conta com um deputado federal, dois estaduais, dois vereadores do Recife, cerca de outros 120 no interior, além de três prefeitos.