Da Agência Estado O senador Expedito Junior (PSDB-RO) informou na tarde desta quinta-feira à Agência Estado que vai retirar ainda hoje recurso que pedia à Mesa Diretora do Senado direito de defesa no processo de cassação de mandato, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Quando fiz isso (pedir direito de defesa) eu não queria afrontar a Justiça.

Queria apenas buscar os meus direitos”, afirmou Expedito Júnior.

Após a decisão do STF de cassar o mandato de Expedito, sob acusação de compra de votos e abuso de poder econômico, o senador pediu à Mesa Diretora o direito de defesa.

Os integrantes da Mesa aceitaram o recurso do senador, provocando uma crise política com o Poder Judiciário.

Expedito disse que decidiu retirar o recurso porque foi alertado por colegas que apesar da concessão do direito de defesa, não haveria como preservar o seu mandato no Senado.

O senador disse que vai insistir na Justiça para recuperar o mandato e acredita que Acir Gurgacz (PDT-RO), segundo colocado mais votado para o cargo, deve assumir ainda hoje.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), criticou na manhã desta quinta-feira a decisão tomada pela Mesa Diretora, colegiado do qual é presidente, de manter o senador Expedito Júnior no cargo.

Na avaliação do peemedebista, ao descumprir determinação da Justiça de dar posse imediata ao segundo colocado das eleições, Acir Gurgacz, o Senado se expôs “sem necessidade”. “Eu achava que o Senado não podia se expor a essa situação e que isso (manter Expedito Júnior no cargo) não levaria a nada.

Tinha que cumprir decisão do Judiciário, mas, infelizmente, foi essa orientação e decisão tomada pela Mesa Diretora.” O mandato de Expedito Júnior foi cassado pela Justiça Eleitoral sob acusação de compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições de 2006.

Em junho deste ano a decisão foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e, semana passada, referendada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Expedito Junior deveria ficar inelegível por três anos, contando a partir de 2006, quando houve a eleição.

Porém, este prazo vence este ano e, em 2010, ele poderá concorrer a governador, conforme vem planejando.