No site da CNI A indústria teve em setembro mais um mês de recuperação, com crescimento em quatro das cinco variáveis dos Indicadores Industriais, pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
O único índice que teve recuo foi a Utilização da Capacidade Instalada (UCI), de 80,2% em agosto para 79,8% em setembro. “Isso demonstra claramente que a indústria tem folga para atender o esperado aumento da demanda sem pressionar os preços”, explicou Flávio Castelo Branco, gerente-executivo de Política Econômica da CNI.
O faturamento real da indústria, indicador que registra as vendas do período, cresceu 5,3% em setembro ante agosto no índice original e 1% no dessazonalizado (livre de influências sazonais e do efeito calendário). “Os Indicadores de setembro estão confirmando a recuperação do setor, mas a indústria ainda está longe de voltar aos níveis do ano passado”, salientou Castelo Branco.O faturamento real tem queda de 7,5% no acumulado deste ano em relação ao mesmo período de 2008.
O resultado diferente dos Indicadores Industriais de setembro é o crescimento das horas trabalhadas na produção, ressaltou o economista. “É um dado interessante, que mostra que a recuperação deve persistir nos próximos meses”, afirmou.
Ele explicou que normalmente quando as horas trabalhadas na produção estão em alta, o setor registra crescimento nos meses seguintes.
Esse indicador subiu 1,6% no índice original e 0,4% no dessazonalizado.
Na comparação com setembro do ano passado, há queda de 10,4%.
No acumulado do ano, o recuo é de 9,1% ante o mesmo período de 2008.
O emprego industrial teve a segunda expansão mensal seguida. “A continuidade na recuperação do emprego na indústria denota que saímos do fundo do poço, que o pior já passou”, disse Flávio Castelo Branco.
Em setembro, o emprego cresceu 0,8% ante agosto no indicador original.
No dessazonalizado, subiu 0,2%.
Na comparação com setembro do ano passado, o emprego registrou queda de 4,8%.
De janeiro a setembro deste ano, registra queda de 3,5% ante igual período do ano passado.
A massa salarial real teve aumento de 2,7% em setembro ante agosto, mas queda de 3,9% sobre o mesmo mês de 2008. “A recuperação da massa salarial ajuda na manutenção do crescimento, porque melhora o poder de compra do trabalhador”, explicou Castelo Branco.