(Foto: Hans von Manteuffel) De O Globo Bandido para uns, herói para outros, Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, ainda inspira polêmica mais de 60 anos após sua morte.

O motivo da controvérsia, agora, é o Cangagay, grupo de ativistas homossexuais de Serra Talhada, terra de Lampião, que adotou a indumentária do cangaço, só que cor-de-rosa, relata reportagem de Letícia Lins na edição deste domingo, do Globo.

Enquanto uns apoiam a iniciativa de defesa das minorias e contra a homofobia, outros acusam o grupo de estelionato cultural e de profanar a memória do “cabra macho” que é um dos maiores ícones do Nordeste.

A confusão já mobiliza a Câmara Municipal da cidade, a 418 quilômetros de Recife.

Semana passada, o vereador José Pereira de Souza (PT) apresentou projeto de lei que faz de vestimentas e acessórios usados pelos cangaceiros patrimônio cultural e histórico de Serra Talhada, e torna crime contra o patrimônio público seu uso “de forma pejorativa, que vise a denegrir ou ridicularizar os elementos culturais e históricos do cangaço”.

O projeto está em discussão nas comissões e deve ir a plenário no próximo dia 11.

O vereador José Raimundo (PTB) assegurou seu voto, mesmo tendo apoiado a parada gay realizada no início de outubro, quando o grupo pink de cangaceiros ganhou as ruas.

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