As vendas do varejo na Região Metropolitana do Recife tiveram bom desempenho em setembro: crescimento de cerca de 3,5% em relação a agosto, 8% relativamente a setembro do ano passado e 2,5% no acumulado janeiro-setembro deste ano na comparação com 2008.

Estes são os úmeros apresentados pela pesquisa conjuntural realizada pela Federação do Comércio de Pernambuco (Fecomércio/PE). “Com estes resultados parecem superadas as dificuldades impostas pela crise internacional, iniciada há um ano atrás, que afetou significativamente o comércio da RMR no primeiro trimestre deste ano”, explica o presidente da Fecomércio, Josias Albuquerque.

Todos os cinco segmentos acompanhados pela Fecomércio cresceram o faturamento em relação a setembro do ano passado.

Dos 14 ramos que compõem estes segmentos somente dois, móveis e decorações e farmácias e perfumarias, apresentaram contração das vendas, numa indicação de que a recuperação do comércio foi ampla e quase generalizada.

Em relação a agosto o crescimento foi menor e atingiu pouco mais da metade dos ramos e houve a redução de 2% no faturamento de um segmento, o de Bens de Consumo Semiduráveis.

Mesmo assim, trata-se de um resultado significativo que dá continuidade ao processo de retomada das vendas iniciado em maio e fortalece a expectativa de mais um ano de ótimo desempenho do varejo da RMR. “As vendas de veículos apresentaram crescimento de dois dígitos, tanto em relação a agosto quanto a setembro do ano passado, fazendo com que o índice de variação acumulado no ano supere em 2,8% o de 2008, prenunciando mais um ano de excelentes resultados para o ramo”, ressaltou o consultor Luiz Kehrle.

Do mesmo modo merece destaque informática, que também cresceu em relação a agosto e a setembro do ano anterior, influenciado pelos bons preços que o ramo vem oferecendo, em decorrência da política de incentivos e da valorização cambial.

A massa salarial acompanha a boa performance do varejo e mostra crescimento nas comparações com agosto, setembro e acumulado do ano.

O emprego variou muito pouco no confronto com o mês anterior ou igual mês do ano passado.

No acumulado ainda está cerca de 1% menor, no comércio em geral e quando não se leva em conta as concessionárias de veículos.

Mas a expectativa de bons resultados no faturamento do varejo no último trimestre do ano em curso permite prever que ao final do ano o emprego terá recuperado o nível de 2008.