Da Reuters O setor público consolidado brasileiro registrou déficit primário de 5,763 bilhões de reais em setembro, pior resultado para o mês da série histórica iniciada em 2001.
Em setembro de 2008, o resultado primário havia sido superavitário em 6,618 bilhões de reais.
O resultado primário negativo, reflexo de uma forte deterioração das contas do governo federal, foi acompanhado de elevação dos juros apropriados pelo setor público no mês por conta da valorização do real frente ao dólar.
A relação dívida/PIB, como consequência, teve alta expressiva no mês e alcançou 44,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), frente a 44,0 por cento do PIB em agosto, mostraram os dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira. “Os dados do resultado fiscal do governo consolidado de setembro corroboram o que vínhamos argumentando sobre a forte tendência de deterioração do resultado fiscal para o ano”, afirmou em relatório a Rosenberg Consultores Associados, que prevê que o governo não cumprirá a meta fiscal do ano.
A meta é de superávit primário de 2,5 por cento do PIB, saldo que pode cair a até 1,56 por cento do PIB se o governo conseguir abater das contas a totalidade dos gastos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o ano.
Em 12 meses encerrados em setembro, o superávit primário foi equivalente a 1,17 por cento do PIB, ante 1,59 por cento do PIB em 12 meses até agosto.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, afirmou que os resultados irão melhorar nos últimos três meses do ano, levando o primário a convergir para a meta.
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