Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) foi hoje (28.10) à tribuna do Senado Federal falar do pré-acordo eleitoral firmado entre as cúpulas do PMDB e do PT para apoiar a candidatura presidencial da ministra Dilma Roussef (PT). “Para tentar adequar o mundo real ao que criou na ficção, Lula achou pouco o vexame ao qual submeteu o PT na crise do Senado e agora quer transformar o PMDB num mero satélite da sua obsessão em eleger a ministra Dilma”, criticou Jarbas.
O senador pernambucano disse que hoje existem três grupos dentro do PMDB: “os que defendem a aliança com o PSDB, os que querem se unir ao PT e os que defendem a candidatura própria.
Ou essas diferenças são respeitadas ou teremos um desnecessário confronto político dentro do PMDB”.
Jarbas admitiu que hoje a maioria do PMDB apoia o Governo. “Faço parte de uma minoria.
Mas é completamente insana essa iniciativa da cúpula peemedebista de fechar uma aliança em apoio a Dilma, sem ouvir as diversas instâncias partidárias.
E ainda ter que aceitar a exigência de Lula para tentar enquadrar os Estados que não querem virar um apêndice do PT”.
Jarbas Vasconcelos lembrou que nas eleições presidenciais de 2002, quando Lula enfrentou José Serra, o PMDB formalmente apoiou o hoje Governador de São Paulo, indicando a deputada federal Rita Camata como candidata a vice-presidente da República. “Mesmo assim existiram setores do partido, como o senador José Sarney, que apoiaram o PT.
Essas dissidências foram respeitadas de forma democrática, como sempre ocorreu dentro PMDB.
Não aceitarei de forma alguma que esse caciquismo lulista do PT seja implantado também no PMDB.”