Dados da Equifax monstram que no mês de setembro foram registrados 50.399 títulos protestados emitidos por pessoas jurídicas no Nordeste o que representa uma queda de 11,86% em relação a agosto de 2009.

Em setembro de 2008 o registro foi 19,25% menor e a mesma comparação, levando-se em conta o número de dias úteis de cada mês, mostra que o volume de protestos por dia útil, em setembro, foi 11,86% inferior ao registrado no mês de agosto e 15,40% inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado.

A redução do volume de títulos protestados emitidos por pessoa jurídica é fruto, principalmente, da superação dos efeitos negativos gerados pela restrição de crédito ocorrida no último trimestre de 2008 e no primeiro semestre de 2009.

De acordo com o gráfico abaixo, o volume de protestos cresceu a partir de outubro de 2008, vindo a recuar somente no início do segundo semestre de 2009.

Sua linha de tendência mostra ainda, que o volume de protestos manteve-se praticamente constante de julho de 2001 até o início da crise financeira internacional de 2008.

Atualmente, esta mesma linha de tendência do gráfico, no entanto, começa a apontar para baixo, situação ainda não verificada em outras regiões do Brasil.

Este cenário específico ocorre, pois, ao contrário de outras regiões do país, que dependem bastante do aquecimento do mercado externo para escoar parte de sua produção agrícola e mineral, o Nordeste depende fundamentalmente do desempenho de seu mercado interno.

A queda da inflação, o aumento da renda média da população e os bons resultados das políticas de transferência direta de renda para a população mais carente garantiram que o mercado interno nordestino se recuperasse mais rápido da crise.

Para 2010, espera-se um recuo ainda maior do volume de protestos de pessoas jurídicas no Nordeste.