Em tom contido, o governador Eduardo Campos discursou para pouco mais de 500 mulheres, trabalhadoras rurais, em cerimônia de encerramento da edição 2009 do programa Chapéu de Palha feminino, nesta segunda-feira (26).

Em vez de carregar nas críticas à adversários políticos, ele enalteceu o programa, criado pelo avô, Miguel Arraes. “Na verdade, o Chapéu de Palha foi precursor do Bolsa Família.

O Doutor Arraes criou o Chapéu de Palha na Mata pernambucana quando voltou ao governo em 1987 e depois é que veio o instituto do Bolsa Família, na tentativa de ter uma rede de proteção social”, afirmou.

Os dois programas de Governo têm por intenção dar “suporte” aos menos favorecidos.

O Chapéu de Palha é dedicado aos trabalhadores rurais, funciona no período de entressafra através de bolsa auxílio e cursos de capacitação.

O Bolsa Família é mais amplo, opera o ano todo com transferência de renda mensal para os que recebem menos de R$ 140 por mês.

Um dos curiosos cursos de capacitação, que faz parte do Chapéu de Palha, é o de políticas públicas.

Eduardo comentou. “Quando se fala em curso de políticas públicas para as companheiras, e ele vem sendo ministrado ao longo desses três anos, é porque muitas pessoas passaram a entender a engrenagem que produziu essa injustiça.

E para entender essa engrenagem a gente precisa se colocar contra ela, e começar a fazer um discurso todos nós, dessa engrenagem rodar ao contrário para que a gente possa ter menos concentração de renda, de terra, de oportunidades”.

Em outro momento de leve alfinetada em gestores passados, o governador disse ter dúvidas quanto à destinação de recursos. “Impressionante é que a gente criou essas estruturas com o mesmo dinheiro que se usava antes de ter a secretaria da Mulher, de ter a secretaria de articulação social, de articulação regional, da questão da juventude”, afirmou.