Na estreia de João da Costa na ABAV, o secretário de Turismo do Recife, Samuel Oliveira, disse nesta tarde, na feira de agentes de viagens, que o Recife já não conta com leitos suficientes para a demanda atual e precisa de pelo menos mais oito hotéis, nos próximos anos. É pelo menos a metade do que o gestor público gostaria de contar.

Quando saírem todos do papel, serão cerca de 5 mil novos leitos. “Nas últimas semanas, tivemos que mandar hóspedes para Jaboatão, para Gravatá, pois estão faltando leitos”.

Neste momento, segundo a PCR, são três em construção e mais cinco em licenciamento. “Além destes, temos mais 15 em estudo, em análise”, disse Samuel Oliveira.

O auxiliar de João da Costa atribui a chegada dos investimentos ao sucesso da política de turismo, ancorada em forte ação promocional em roteiros que não contam com praia e detêm bom nível de renda. “O setor recuperou a rentabilidade, melhorou o nível de ocupação.

Nunca se viu isto na história da cidade”, conta.

Entre os números citados, consta o aumento da permanência média para quatro dias, um gasto médio de cerca de R$ 300 ao dia, o melhor do Nordeste, além de uma taxa de ocupação de 80%. “Para que se tenha uma idéia, hoje, somos apenas 11% da oferta de leitos do Nordeste, mas temos 18% do fluxo de turistas.

No Recife, com apenas 20% da oferta, temos 60% do fluxo de turistas”.

Na feira, a PCR anunciou ainda uma série de ações para incrementar a atividade.

Numa delas, serão distribuídas 100 mil exemplares de uma revista destacando os pontos turísticos e atrações da cidade, destinada aos operadores nacionais e clientes dos hotéis.

Para o futuro próximo, o secretário Samuel Oliveira defende a criação de um núcleo empresarial que pense e defenda o turismo do Recife, com um planejamento estratégico. “As entidades que existem hoje pensam o Estado.

Com sua criação, ela ajudaria as instituições estaduais, como a ABIH”, acredita.

Cinquenta empresários já estão mobilizados para a iniciativa.