Da Reuters Os médicos que surpreenderam o mundo científico ao anunciar recentemente uma vacina que teria evitado algumas infecções pelo vírus da Aids divulgaram nesta terça-feira detalhes do seu trabalho, e disseram que uma cuidadosa revisão ratificou as impressões iniciais.
Os detalhes do estudo, que mostrou que a vacina experimental evitou quase um terço das infecções entre 16 mil voluntários tailandeses, foram publicados na revista New England Journal of Medicine. “Essa é uma validação dos resultados”, disse Jerome Klim, coronel do Exército dos EUA e médico do Instituto de Pesquisa do Exército Water Reed, em Maryland, um dos coordenadores do estudo.
Kim e seus colegas apresentarão os detalhes nesta terça-feira em uma reunião de pesquisadores da vacina contra a Aids em Paris.
A pesquisa combinou duas vacinas: a Alvac, do laboratório Sanofi-Pasteur, concebida para o combate à chamada varíola dos canários; e a frustrada vacina para Aids Aidsvax, desenvolvida pela empresa californiana VaxGen, que hoje pertence à ONG Global Solutions for Infectious Diseases.
O estudo, patrocinado pelos governos dos EUA e da Tailândia, reduziu em 31,2 por cento a taxa de contaminação ao longo de três anos, segundo uma análise dos dados.
A equipe de Kim salientou que o efeito foi modesto e difícil de interpretar, que a vacina não está nem perto de ter uso comercial, e que ela pode não funcionar para a cepa do HIV prevalecente na África, onde a doença é mais comum.
Leia mais.