Brasília - A elevada tributação, que responde atualmente por 51,6% dos custos médios da energia, é o principal fator que torna a energia usada no país uma das mais caras do mundo.

A informação é da nova edição da Cartilha de Encargos, elaborada pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace) e Confederação Nacional da Indústria (CNI), a ser divulgada amanhã, quarta-feira, 21 de outubro, no seminário Energia: Fator de Competitividade para o Brasil, promovido pelas duas entidades em Brasília.

Segundo a cartilha, a carga tributária sobre as tarifas de energia elétrica vem aumentando: há seis anos, era 11,5 pontos percentuais menor, representando 40,1% dos custos médios.

A CNI e a Abrace defenderão, no seminário, a redução dos encargos setoriais sobre as tarifas de energia elétrica como condição essencial para recuperar parte da competitividade perdida pela indústria brasileira pelo excesso de tributação na compra de energia.

O encontro, a ser realizado no auditório do 15º andar da sede da CNI, no Edifício Roberto Simonsen, no Setor Bancário Norte, das 9hs às 17hs, debaterá também, entre outros temas, medidas para ampliar a diversificação da matriz energética sem onerar o consumidor final e implementação de mecanismos financeiros mais modernos para o setor elétrico.

A gerente da Área de Infraestrutura do BNDES, Maria Helena de Oliveira, o presidente executivo da Abrace, Ricardo Lima, e o economista Adilson de Oliveira, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), serão alguns dos palestrantes e debatedores do seminário.