De O Globo Por ter a impressão de que já superou o pior da crise administrativa e política que enfrenta desde o início do ano, o Senado começou a recuar em uma série de medidas anunciadas para moralizar e reduzir os gastos da Casa.

Em ato assinado nesta sexta-feira, o presidente José Sarney (PMDB-AP) determinou o cancelamento de uma licitação que havia reduzido quase à metade os gastos da Casa com serviços de limpeza: de R$ 15,6 milhões para R$ 8 milhões por mês.

Os senadores e dirigentes do Senado resistem também a adotar medidas sugeridas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para enxugar outros gastos.

Embora a empresa vencedora, a Fiança Serviços Gerais Ltda, seja a mesma que já vinha prestando o serviço à Casa, ela seria obrigada a substituir todos os seus funcionários, para evitar ações trabalhistas.

Como muitos deles são apadrinhados de senadores e funcionários poderosos do Senado, a homologação do contrato começou a ser protelada até que Sarney optou pelo cancelamento, abrindo precedente para que as novas licitações deixem de seguir a orientação da FGV - que pretendia reduzir o número de terceirizados em pelo menos 30%.

Leia mais.