Por Ana Lúcia Andrade, de Política / JC Entre algumas interrupções, uma delas para atender o telefonema do governador José Serra (PSDB-SP), o senador Sérgio Guerra comentou ontem as acusações feitas contra ele pelo deputado José Mendonça (DEM).

Em princípio, revelou não dispor de “capacidade intelectual para avaliar os gestos e as palavras do deputado”, e portanto não faria comentários.

Mas não se conteve.

Esclareceu o sentido que pretende dar a uma “nova” União, quando revelou que irá defender o fim do nome União Por Pernambuco para a aliança. “Foi uma declaração respaldada em marqueteiros.

O PFL não mudou de nome?

Nunca pensei que fosse ser objeto de confrontação esse negócio de reestruturar a aliança. É só uma opinião minha, tem mais dois partidos (na aliança).

Eu disse apenas que não deveria se chamar mais União Por Pernambuco, que a gente deveria ter novos projetos para o Estado, disse isso para gente que sabe ler”, provocou. “O que eu quis dizer é que esse sistema que está sendo implantado, de refinaria, provável siderurgia, estaleiro, redimensionamento de Suape, implica em novos projetos para o Estado. É uma discussão econômica que venho tendo com várias pessoas e todos concordam”.

O senador disse não entender como Mendonça o aponta como uma alternativa para 2010 e três dias depois o acusa de ser o responsável pela desagregação do grupo. “Primeiro ele me lança governador, depois me faz acusações de ser desagregador.

E como prova dela, atribui a mim a dissidência gerada por um grupo de parlamentares (o antigo GI).

Esse grupo não era do PSDB, mas de vários partidos.

E Sérgio Guerra, na ocasião, apenas um deputado”.

Ao aprofundar suas observações, Guerra foi estreitando sua compreensão das acusações de Mendonção.

E, indiretamente, parece ter chegado ao X do embate. “O PSDB tem tido um crescimento contínuo.

Abriu as portas para quem quisesse sair e nenhum deles saiu.

Raimundo Pimentel (deputado estadual), que nos deixou por razões que compreendi, vai votar em mim para senador.

Certamente essa não é uma história de desagregador”.