Pela pena do intrépido repórter Giovanni Sandes, do JC O governo do Estado estuda a possibilidade de leiloar em mais de um lote seus 2.500 hectares de área em Itamaracá.
De acordo com o governador Eduardo Campos, com o atraso da oferta pública do imóvel, em função da crise internacional, a estratégia de venda do terreno foi alterada.
A nova meta é preparar um projeto de ocupação da área e, a partir do próximo ano, apresentar o negócio em feiras internacionais de projetos turístico-imobiliários.
Os planos do governo de leiloar os primeiros 1.401 hectares do terreno em Itamaracá foram divulgados em 4 de setembro do ano passado.
Mas, em 24 de janeiro deste ano, com o aprofundamento da crise internacional, a Casa Civil decidiu suspender por tempo indefinido o negócio. “Todo mundo sabe que esta não é a hora de se vender os 2.500 hectares devido ao momento econômico”, avaliou Eduardo Campos. “Resolvemos fazer nós mesmos o masterplan, para a partir do próximo ano colocar o projeto nas grandes feiras imobiliárias e atrair parceiros privados que vão adquirir a área.
Isso com muita qualidade em respeito à questão ambiental e em respeito à toda a capacidade de carga da ilha”, continuou o governador.
O modelo do negócio ainda está indefinido, mas o fundamental é que o local seja destinado para um ecoresort – um hotel focado no ecoturismo. “Não está definido isso (se será um ou mais de um leilão).
Há possibilidade de ser (um único lote) ou de fatiar a área”, afirmou Eduardo Campos.
A área que seria inicialmente leiloada, de 1.401 hectares, foi avaliada inicialmente em R$ 53 milhões.
Após a conclusão total das obras de Itaquitinga, explicou Viana, estima-se que a transferência dos detentos vai levar três meses, em uma complexa operação de transporte.
Apesar de serem projetos de setores totalmente distintos, o Centro Integrado de Ressocialização (CIR) de Itaquitinga, que teve a pedra fundamental lançada ontem, e o turismo de Itamaracá estão totalmente interligados. É para o CIR que serão levados os detentos das penitenciárias Professor Barreto Campelo e da Agroindustrial São João (PAI), liberando a ilha de uma das maiores marcas negativas: rebeliões de presos.
Uma terceira unidade prisional, o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), segundo o secretário executivo de Ressocialização, Humberto Viana, será desativado com a transferência dos presos para uma nova unidade psiquiátrica a ser erguida na região metropolitana.
Segundo Viana, é possível que a transferência dos presos comece em dezembro do próximo ano.
Isso porque, embora o centro de ressocialização tenha prazo de 18 meses para ser erguido, a construção, que terá cinco edifícios para abrigar os 3.126 detentos, mais um prédio administrativo, será entregue por etapas. “Faríamos uma reunião ontem (última quinta-feira), que terminou adiada.
Já temos um projeto para um novo hospital de custódia.
Só falta definir o local”, comentou o secretário executivo.