De Economia/JC A Telefônica fez uma oferta de R$ 6,5 bilhões para adquirir até 100% das ações da holding do setor telefônico GVT, que atende o mercado de telefonia fixa e banda larga nas regiões Sul, Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste do País.

A GVT começou a operar em Pernambuco na semana passada.

Será a principal concorrente da Oi Fixo.

Após a oferta, a ação ordinária da GVT disparou 15,67%, cotada a R$ 47,30, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na sessão de ontem.

Em comunicado oficial ao mercado, a Telefônica informa que a oferta foi feita considerado um preço de R$ 48 por ação.

A empresa afirma que o êxito da operação está condicionado à compra de pelo menos 51% das ações da GVT bem como à aprovação do negócio pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A diretoria da Telefônica afirma que, caso seja concretizada a operação, vai permitir à empresa ter uma presença ainda maior fora do Estado de São Paulo, o que contribuirá para ampliar sua base de usuários, além de fortalecer a concorrência no mercado brasileiro de telecomunicações.

A Telefônica atende principalmente o Estado de são Paulo, onde opera com 11,5 milhões de linhas fixas, de um total de 14,8 milhões de linhas instaladas.

A receita líquida no ano passado foi de R$ 15,08 bilhões.

Não se trata da primeira oferta agressiva pela GVT.

Em setembro, o grupo francês Vivendi ofereceu R$ 5,4 bilhões, o que representava uma oferta de R$ 42 por ação da empresa brasileira, com sua base de pouco mais de 2,3 milhões de linhas em serviço e receita líquida de R$ 405,8 milhões (segundo trimestre de 2009).

SANTANDER Na tão esperada estreia na Bovespa, as units (grupos de ações) do Santander acabaram decepcionando o investidor.

Os papéis, cujo preço foi fixado em R$ 23,50, recuaram 3,74%, negociados a R$ 22,62, Ainda assim, após a oferta de ações de R$ 14,1 bilhões, o Santander passou a ocupar a quinta colocação no ranking das empresas listadas na Bovespa por valor de mercado, segundo a Economática.

Em 6 de outubro, antes da confirmação da oferta de ações, o Santander valia R$ 81,6 bilhões, número que passou para R$ 95,735 bilhões após a oferta.

A Economática considerou no cálculo as 600 mil units que ficaram à disposição do mercado ao preço de R$ 23,5 cada.

Entre os bancos, o Santander está na terceira posição, atrás do Itaú Unibanco, com valor de mercado de R$ 147,069 bilhões, e do Bradesco, com R$ 100,164 bilhões.