Por Jayme Asfora Uma nova cidade.
Mais justa, com menos violência, ocupando o seu devido espaço na economia do País e que ofereça uma qualidade de vida condizente com o passado de seu povo: de uma imensa riqueza cultural e uma história de luta e de glória.
Esse é o Recife que, com certeza, todos querem para hoje e para amanhã.
E é com essa visão que brotou, em maio deste ano, um projeto coletivo voltado para o bem-estar de toda a população recifense, o Observatório do Recife.
Nascido da inquietude de 28 entidades da sociedade civil pernambucana – entre elas, a OAB-PE -, o Observatório surge da constatação que Pernambuco vive sua melhor oportunidade de desenvolvimento das últimas décadas com investimentos que vão triplicar o PIB até 2030 e duplicar a renda do pernambucano até 2020.
No entanto, mesmo com essa perspectiva de alcançar voos mais altos, o Recife vem ocupando, nos últimos anos, os postos mais elevados no ranking da violência entre todas as capitais brasileiras.
Consciente da necessidade de que é preciso estudar a fundo os problemas da cidade para ter as ferramentas necessárias para criar uma agenda de desenvolvimento sustentável para o Recife, o Observatório estabeleceu um conjunto de 55 indicadores (que perpassam áreas como educação; saúde; mobilidade urbana; juventude; segurança pública; meio ambiente; trabalho, renda e desigualdade; moradia e saneamento e espaço urbano).
Os indicadores selecionados ajudam a fazer com que a discussão sobre as políticas públicas vá além do campo das realizações governamentais para os impactos reais sobre a vida dos recifenses.
A proposta é estabelecer metas de melhoria para cada um desses indicadores, em um esforço coletivo de buscar o desenvolvimento econômico e igualitário para toda a população e permitir que todos possam usufruir de um novo momento de grandiosidade do Recife, que volta a ocupar o espaço que lhe cabe na Região.
O Observatório do Recife é uma iniciativa mais do que bem vinda. É, sem dúvida, a prova de que os nossos cidadãos não deixaram e nem deixarão para trás a sua força transformadora, seu orgulho de ser recifense e sua rica história que fizeram da nossa cidade ser um exemplo na defesa dos ideais de liberdade e igualdade.
PS: Jayme Asfora é presidente da OAB-PE e escreve para o blog às quintas