Da Folha Online O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Ivar Pavan (PT), arquivou nesta terça-feira o pedido de impeachment contra o vice-governador Paulo Feijó (DEM).
Segundo o petista, não há consistência para acatar o pedido. “Não há demonstração que tenha procedido de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”, disse Pavan em nota.
O pedido foi feito em agosto deste ano pelo deputado estadual Coffy Rodrigues (PSDB).
O tucano acusava o democrata de ter cometido irregularidades nos contratos firmados entre suas empresas e Ulbra (Universidade Luterana do Brasil).
O vice é sócio das empresas APF Participações S/A e Votos Participações Ltda.
A reportagem não localizou Feijó para comentar a decisão de Pavan.
O contrato foi assinado em junho de 2007, quando Feijó já era vice-governador, e previa que a APF assessorasse a Ulbra na venda de três hospitais pertencentes à instituição e da carteira do plano de saúde da universidade.
Nove meses depois, o contrato foi rescindido.
A Ulbra vive uma crise que provocou a queda do fundador da instituição e da reitoria e está sob auditoria.
A universidade foi executada por dívidas tributárias que totalizam R$ 2 bilhões.
Em junho, o juiz federal Guilherme Pinho Machado, de Canoas (região metropolitana de Porto Alegre), determinou que o Ministério Público Federal investigasse o contrato.
Em sua decisão, o presidente da Assembleia também levou em consideração o parecer do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que arquivou processo da mesma natureza por considerar que as ações praticadas pelo vice não configuravam condutas ilícitas.