Da Agência Estado A presidente do PSOL, Heloísa Helena, já cogita abrir mão de concorrer à Presidência da República para apoiar a candidatura da senadora Marina Silva (PV).

A vereadora pode disputar uma vaga ao Senado por Alagoas em nome dessa estratégia.

A proposta foi apresentada à executiva nacional do partido pelo diretório de Alagoas depois que um dos possíveis adversários dela na disputa pelo Senado, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), sinalizou que concorrerá ao Executivo estadual.

A movimentação facilitaria a vitória de Heloísa no Estado. “Caso eu não possa ser candidata a presidente, meu candidato será Milton Temer (PSOL) ou Marina Silva”, afirmou Heloísa Helena à Agência Estado.

O cenário daria impulso ao possível candidato a presidente Ciro Gomes (PSB) e prejudicaria a presidenciável do PT, Dilma Rousseff.

A última pesquisa de intenções de voto, da CNI/Ibope, indica que, excluindo o nome de Heloísa da simulação, Serra lidera com 35%, Ciro Gomes aparece com 17%, Dilma Rousseff soma 15% e Marina Silva, 8%.

Com Aécio no lugar de Serra e sem Heloísa, Ciro lidera com 28%, seguido de Dilma com 18%, Aécio com 13% e Marina com 11%.

Com ela no páreo, num cenário com Serra, Dilma, Ciro e Marina, a presidente do PSOL aparece com 8%.

Além de Milton Temer, ex-petista e um dos fundadores do PSOL, o partido trabalha com a possibilidade de lançar à Presidência Plínio de Arruda Sampaio, de São Paulo, ou Martiniano Cavalcante, de Goiás.

A definição sobre apoio ou candidatura própria só deve sair em dezembro, quando o PSOL faz sua Conferência Eleitoral.

Volta ao Senado O presidente do PSOL em Alagoas, Mário Agra Junior, comanda o movimento por Heloísa no Senado.

A proposta foi aprovada por consenso em uma reunião do diretório alagoano no último sábado, que contou com a participação de mais de cem filiados. “Ela aparece até 15 pontos porcentuais à frente do (senador) Renan Calheiros (PMDB) nas pesquisas locais de intenção de voto para o Senado.

Está bem à frente dos outros possíveis candidatos, enquanto na disputa à Presidência ela fica em terceiro lugar”, disse Agra. “A situação, matematicamente, é muito boa para Heloísa no Estado.” Apesar de defender a tese da candidatura própria ao Palácio do Planalto, Agra admite as dificuldades de uma candidatura no âmbito nacional. “Mostrar estrutura para uma candidatura a presidente não é fácil.

A campanha ao Senado é infinitamente menor.”