O setor de motos está comemorando o retorno do crédito, após a marolinha.

Nesta segunda-feira, em São Paulo, o empresário Paulo Peres, dono da Shineray do Brasil, instalada em Suape desde 2005, falava com entusiasmo da volta dos financiamentos pelos bancos e financeiras nacionais.

Sem essa ajuda, as classes C e D, alvo das motos que a chinesa monta em Suape, as vendas ficam mais difíceis.

Na sexta-feira passada, foi a vez do Panamericano voltar a operar, citou como exemplo.

A financeira do BB também já voltou aos financiamentos, com 10% de entrada e saldo em 48 meses.

Com a crise da marolinha, desde setembro os bancos pararam de financiar os consumidores em até 60 meses.

A interrupção também parou os planos de crescimento da empresa, que conta com 70 revendas. “Tivemos que montar um financiamento próprio, paralelo. uma necessidade do momento, além de bancar o estoque.

Se a gente abrisse uma concessionária nova, correria o risco de haver desabastecimento, o que é ruim, seja de peças de reposição ou motos já prontas”, explicou o empresário.

Uma saída engenhosa foi apostar no varejo, com parcerias com grandes lojas de supermecados.

As Lojas Colombo, com pontos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, são um exemplo.

Com mais de 50 lojas, formam um ponto de venda alternativo às concessionárias.

A empresa mantém os planos de crescer entre 30% e 40% agora em 2010.