Do blog de Josias de Souza O pedido de impeachment formulado contra a governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB) começou a tomar o rumo da gaveta.
Relatora do processo, a deputada estadual Zilá Breitenbach, tucana como Yeda, concluiu o seu parecer.
Recomenda o arquivamento.
Entregue nesta segunda (5), o parecer da deputada será agora submetido a voto numa comissão especial.
Foi constituída exclusivamente para analisar o pedido de impeachment. É composta de 30 deputados da Assembléia Legislativa do Rio Grade do Sul.
A bancada de Yeda, por majoritária, deve prevalecer na comissão por um placar mínimo de 18 a 12.
Na sequência, o relatório da gaveta terá de ser levado ao plenário da Assembléia.
Ali também Yeda dispõe de maioria.
O pedido de impeachment (íntegra disponível aqui) corre em via paralela à de uma CPI instalada para investigar a gestão Yeda.
Na gênese do pedido de impeachment e da CPI estão as acusações que resultaram na abertura de um processo judicial por improbidade administrativa.
O processo foi aberto a pedido do Ministério Público.
Figuram como réus a governadora e outras oito pessoas.
São acusados de envolvimento no escândalo que sorveu cerca de R$ 44 milhões das arcas do Detran-RS.
Alheia ao pedido de arquivamento do impeachment, a CPI realiza uma sessão nesta segunda.
Ouve a ex-presidente do Detran, Estella Maris Simon.
Também nesta segunda, o diário Zero Hora levou às páginas pesquisa do Ibope sobre a avaliação da gestão Yeda e sobre o impeachment da governadora.
Para 64% dos entrevistados, o governo tucano do Rio Grande do Sul é ruim ou péssimo.
Nada menos que 62% são favoráveis ao impeachment de Yeda.
Ouvida, a governadora saiu-se com uma interpretação própria sobre os números: “A população quer a investigação, assim como eu quero, e não o impeachment".