De Cidades/JC A entrada das Organizações Sociais (OS) na gestão de três novos hospitais e de 20 unidades de prontoatendimento (UPAs) é a atual aposta do Estado para desafogar grandes unidades sob administração direta, como o HR.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) decidiu experimentar o modelo depois que o projeto das fundações de direito privado empacou na Justiça.
Embora entidades médicas e servidores critiquem ambas as alternativas – por considerarem que abrem caminho para a privatização – o governo não parece disposto a gerir mais nenhuma unidade, além das 27 atuais.
Há menos de um mês, ao lançar o edital de seleção da OS que administrará o Hospital Metropolitano Miguel Arraes, em Paulista, Grande Recife, o secretário e vice-governador, João Lyra Neto, bateu na tecla do efeito cascata.
Isto é, a abertura das unidades metropolitanas – além de Paulista, haverá uma no Cabo de Santo Agostinho e outra no Curado, Zona Oeste do Recife – automaticamente diminuiria a demanda pelas grandes emergências e facilitaria a gestão.
Não é o que pensam as entidades médicas.
O sindicato da categoria reagiu defendendo que o modelo de administração direta precisa ser revisto.
E lembrou que o modelo de OS (organizações privadas que só executam serviços pelo SUS) deu errado no Hospital de Câncer de Pernambuco.
O resultado foi a intervenção estatal na unidade, em 2007.
A seleção da primeira OS a ingressar na gestão da saúde pública começou em 13 de setembro.
Mas a SES ainda não escolheu a entidade, que começa a atuar em dezembro.