O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, reuniu-se na manhã desta quinta-feira com lideranças e representantes de diversos segmentos sociais para discutir a proposta feita por alguns municípios para se modificar a distribuição do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) gerado a partir das empresas de Suape.

No encontro, realizado no Teatro Barreto Junior, centro da cidade, Lula disse que o objetivo era “alertar a população” para idéias como a do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, de dividir o ICMS do Cabo com outros municípios. “Estou aqui para alertar a população do Cabo.

Não estou aqui para aparecer ou fazer política pequena.

Nessa questão, o prefeito do Cabo não está omisso”, disse Lula Cabral, para quem Elias Gomes, ao lançar a proposta de dividir o ICMS do Cabo e Ipojuca quis “dar uma de Hobin Wood”. “Ele que defenda o povo de Jaboatão.

A minha obrigação é defender o povo do Cabo”, sugeriu Cabral, ao lembrar que a proposta foi rechaçada pelo próprio governador Eduardo Campos, de acordo com sua avaliação de matérias publicadas pela imprensa nesta quinta-feira.

Tanto a ideia de se criar o Território de Suape quanto a de mudanças nas regras do ICMS, segundo Lula Cabral, são inconstitucionais, e o próprio Governo do Estado reconhece isso. “Quero mostrar à sociedade que ninguém pode retirar recursos do Cabo.

O conselho que posso dar aos Robin Wood é que vão buscar investidores para seus municípios como nós temos ido.

As cidades precisam de prefeitos que façam uma boa gestão para gerar empregos e renda”, reforçou Lula Cabral.

Para ele, as pessoas devem levar em consideração que, no momento em que um município atrai investimentos com as novas empresas, ele também tem multiplicados seus problemas e demandas em muitas áreas, como meio ambiente, saúde, educação, saneamento, segurança e limpeza pública.

O prefeito disse que, com a vinda de mais pessoas, todos os dias aparecem novas dificuldades. “Problemas vão surgir no Cabo, com mais lixo, necessidade de mais escolas, médicos, moradias”, exemplificou.

Lula Cabral enfatizou que é favorável que o Estado invista mais nas cidades com menor IDH (Índice de desenvolvimento Humano), mas sem retirar recursos de outros municípios, como o Cabo de Santo Agostinho.