Do R7 Imagine quanto um táxi em São Paulo, a maior cidade do país, roda em média por dia e quanto ele gasta de combustível. É bastante, certo?
Então saiba que o Senado gastou de junho a agosto combustível suficiente para que este mesmo táxi rodasse por 18 anos.
O cálculo feito pelo R7 teve como base apenas o que os 81 senadores desembolsaram em postos de gasolina com o dinheiro extra que recebem todo mês para bancar despesas do mandato, a chamada verba indenizatória.
Hoje, esse valor é de R$ 15 mil e serve também para alugar escritórios no Estado de origem, fazer viagens, pagar restaurantes, consultorias e propaganda em jornais, rádio, TV e internet.
Nos últimos três meses, foram mais de R$ 330 mil usados para abastecer os carros dos senadores e de assessores em visitas a cidades dos Estados de origem, fora de Brasília.
Até porque na capital federal cada senador já tem direito a um carro com motorista e não precisa se preocupar com a gasolina.
Esse valor é suficiente para garantir o tanque cheio de um táxi durante 18 anos, considerando que um taxista gasta em média R$ 1.485 por mês em São Paulo rodando 200 km por dia e pagando R$ 2,476 o litro da gasolina num carro que faz 10 km por litro.
Para obter esses valores, o R7 cruzou dados do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, pela Fetacesp (Federação dos Taxistas Autônomos do Estado de São Paulo) e de alguns taxistas da cidade.
Chegar a estes números só foi possível porque desde junho os senadores são obrigados a divulgar as notas fiscais.
A medida foi aplicada para as notas recolhidas pelos senadores a partir de abril, que também estão no site.
Antes disso, as despesas eram justificadas apenas pelas categorias a que elas se referiam, como divulgação, locação de imóveis, telefones, entre outros, o que dificultava em muito saber para onde esse dinheiro ia de fato.
Veja quem são os mais gastadores de acordo com o portal: 1.
Gilberto Goellner (DEM-MT) - R$ 26.254,68 2.
Marconi Perillo (PSDB-GO) - R$ 16.474,31 3.
Expedito Júnior (sem partido-RO) - R$ 15.016,00 4.
Augusto Botelho (PT-RR) - R$ 13.721,61 5.
Mário Couto (PSDB-PA) - R$ 13.581,23 6.
Magno Malta (PR-ES) - R$ 13.169,15 7.
Mão Santa (sem partido-PI) - R$ 11.117,83 8.
Garibaldi Alves (PMDB-RN) - R$ 10.752,06 9.
Cícero Lucena (PSDB – PB) - R$ 9.808,15 10.
José Agripino (DEM - RN) - R$ 8.964,68 Leia mais.