(Foto: Reprodução/Extra) Deu no Extra de ontem: Duas mães, dois dramas distintos.
No mesmo momento em que Ana Cristina Garrido agradecia ao major João Busnello, no sábado, Edmar Paula Mattos chorava a morte do filho.
Sérgio Ferreira Pinto Júnior foi morto com um tiro disparado pelo oficial da PM sexta-feira, em Vila Isabel, quando mantinha Ana refém.
Edmar, que trabalhava no dia da ação, não acompanhou os últimos minutos de vida do filho. - Eu não queria que ele (Sérgio) tivesse morrido…
Mas os policiais fizeram um ótimo trabalho - disse Ana, que recebeu a visita do major Busnello e relembrou os momentos do dia anterior: - Na hora do tiro, pensei que tivesse sido atingida.
Corri pelo instinto.
Eu lembrava muito do Caso 174, em que a refém morreu, mas pedi a Deus para sair viva. “A polícia poderia ter esperado” Longe dali, no Engenho Novo, a mãe de Sérgio recebeu a equipe do EXTRA em casa, e também relembrou o drama de sexta.
Em meio a lágrimas, suspirava: - A polícia poderia ter esperado um pouco mais.
Ele não ia detonar a granada, a índole dele não era essa - lamentou Edmar, que trabalha como doméstica.
Segundo ela, Sérgio concluiu o ensino médio e estava desempregado há três anos.
Era chamado para entrevistas, mas não conseguia ser contratado: - Ele estava desesperado, achava que tinha que me dar do bom e do melhor.
A irmã de Sérgio, Karen Patrícia Mattos, de 22 anos, questionou a ação policial: - Não precisava dar um tiro na cabeça dele.
Edmar prestou depoimento à polícia no fim da noite de sexta-feira e revelou que esteve com o filho no domingo anterior, quando ele levou a filha de 3 anos para vê-la.
A família ainda tenta arrecadar dinheiro para conseguir pagar o enterro.
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