De Política/JC O ministro das Relações Institucionais do governo federal, José Múcio Monteiro, transmite hoje seu cargo ao substituto, Alexandre Padilha, em solenidade prevista para as 14h30, no Palácio da Alvorada, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Múcio se afasta do governo para assumir uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), para a qual foi indicado por Lula, no lugar do também pernambucano Marcos Vinícius Vilaça, que se aposentou.

Na semana passada, a indicação foi aprovada pelo Senado.

Além de pedir exoneração da pasta responsável pela articulação política entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, José Múcio também deve entregar ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), uma carta renunciando ao mandato de deputado federal, o quinto consecutivo, para o qual foi eleito em 2006.

Em seguida, deve pedir desfiliação do seu atual partido, o PTB.

São as exigências para assumir o cargo no TCU, que é vitalício, com remuneração de R$ 24 mil.

No discurso de despedida, o tema que prevalecerá é a gratidão.

José Múcio fará um balanço da sua carreira política, concluindo com a atuação no Ministério das Relações Institucionais. É aí que entra a homenagem ao presidente Lula, que o escolheu primeiro como líder do governo na Câmara e, um ano depois, como ministro.

Mas Múcio também vai agradecer a correligionários, aliados políticos e à sua família.

Na última sexta-feira, durante festa em que comemorou seu aniversário e a nomeação para o TCU, José Múcio lembrou que não dirigiu um ministério-fim, e sim uma pasta que dependia das demais para funcionar. “O meu ministério não bota placa nem tem obras, e não funciona sozinho”, explicou.

José Múcio disse ainda que este foi seu melhor ano político, e que não guarda nenhuma recordação negativa do trabalho.

Citou apenas a derrota da CPMF no Senado como único revés que enfrentou.

E prometeu atuar no TCU com o objetivo de aproximá-lo mais do Congresso Nacional.