O prefeito Elias Gomes convidou os prefeitos dos seis municípios que fazem parte do Pólo Estratégico de Suape para reunião em seu gabinete, nesta terça-feira, de tarde.
Os gestores irão discutir os problemas e oportunidades gerados em suas cidades pela proximidade com o porto e as indústrias que vêm se instalando em seu entorno.
Elias Gomes vem defendendo, desde a semana passada, a criação de uma Lei Estadual para dividir a riqueza do “pré-sal pernambucano” com todos os municípios do Estado e especialmente com esses que fazem parte do Pólo Estratégico de Suape. “Tomo emprestada a coragem das palavras do governador sobre a divisão dos royalties do petróleo, para dizer que Suape não é de Ipojuca.
O porto e o pólo industrial que ainda vão crescer muito contaram com investimentos da União e do Estado que deixaram de investir em outras cidades”, tem defendido o gestor, que entende que tanto Ipojuca como o Cabo.
Foram convidados para a reunião os prefeitos de Escada, Sirinhaém, Ribeirão, Moreno e Cabo de Santo Agostinho, além do anfitrião Elias Gomes.
A discussão vai girar em torno da injustiça tributária, já que Ipojuca tem uma arrecadação de R$100 milhões por ano do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), enquanto bem próximo e com praticamente a mesma população Ribeirão recebe apenas R$ 200 mil. “O ICMS de Ipojuca é maior que o do Cabo e de Jaboatão, que têm a população 10 vezes maior”, exemplificou Elias.
Para ele, é preciso fazer uma compensação pois as empresas se instalam no Pólo Industrial de Suape, mas as cidades vizinhas têm de garantir as boas condições: “o porto não cresce se Jaboatão não garantir moradia para os trabalhadores, que vêm de outros estados para morar aqui”, explica.
Para Elias, Ipojuca já é um município milionário sem que a Refinaria tenha começado a produzir, sem obter os impostos que serão gerados pelo Estaleiro Atlântico Sul e pelas empresas que estão se instalando no Pólo Industrial.
A proposta do prefeito é que seja constituído um fundo que repasse 30% ou 50% do ICMS de Suape para os municípios do entorno e para as outras cidades do Estado, sem impactar a arrecadação ipojucana e do Cabo de Santo Agostinho, que continuarão crescentes. “Estamos tentando conseguir esse pleito que é justo não só para as cidades da região de Suape, como também para as outras cidades, muitas delas pouco desenvolvidas, de Pernambuco.
Não faz sentido Ipojuca ser um município super desenvolvido e ao lado termos comunidades com carências enormes”, explica o prefeito Clovis Paiva, de Ribeirão.
Ele confirmou presença, assim como os gestores de Sirinhaém, Escada e o prefeito em exercício de Moreno.