Do Blog de Josias de Souza Ciro Gomes manteve o pé no asfalto neste domingo (27).

Pela manhã, esteve em Bauru (SP). À noite, em Campo Grande (MS).

Nas duas cidades, o presidenciável estrelou encontros promovidos pelo seu PSB.

Na capital sul-mato-grossense, disse que não se considera “nenhuma segunda opção" de Lula, hoje fechado com a candidatura petista de Dilma Rousseff.

Sua prioridade, ele repisou, é evitar que o grupo de FHC retorne ao Planalto.

Leia-se José Serra. “Farei todo o possível para que isso não aconteça.

Vamos bater com toda a força”, disse Ciro.

Entre risos, afirmou que dispõe de “um trunfo na manga para acabar com o Serra”.

Vaticinou: “Vamos tirar todos os votos dele”.

Espera que Dilma o acompanhe “nessa luta”.

Mas não crê que Lula abra mão de sua candidata: “Não é justo esperar isso dele.

Fica a critério da ministra lutar ao nosso lado”.

Curiosamente, na passagem por Bauru, um reduto tucano, Ciro cuidara de atenuar os ataques que dirigira a Serra na véspera.

Discursando para sindicalistas, dissera que o rival tucano “é feio pra caramba, mais na alma do que no rosto”.

Era piada, Ciro alegou em Bauru. “Faço política com humor, não tenho nenhum desentendimento pessoal com o Serra, mas não tem jeito, trazem para os jornais essas bobagens…” “…Aquilo foi uma brincadeira, depois de eu falar sobre diversos temas”.

No sábado, instado a reagir a Ciro, Serra saíra de banda: “Não vou entrar em nenhuma baixaria”.

Na noite quente de Campo Grande, Ciro parecia já ter retomado o humor que, no seu caso, é ciclotímico.

Serra foi, de novo, o alvo solitário de suas “brincadeiras”.

Há mais cálculo do que humor por trás dos ataques.

Guindado à condição de segundo colocado nas pesquisas, Ciro precisa fustigar quem está acima dele, não os de baixo.

Sendo Serra o primeiro colocado, a tarefa é mais prazenteira.

Ciro, de fato, não o suporta.

Ataca-o com tanto gosto que a coisa acaba virando mesmo diversão.