Do Blog do Noblat O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), resolveu extinguir 500 cargos da estrutura da Casa.
E, como que num passe de mágica fará isso sem demitir ninguém.
De acordo com a diretoria do Senado, existem hoje pouco mais de mil cargos vagos na Casa.
São de servidores efetivos que se aposentaram, morreram ou deixaram o serviço público.
Sem concurso público para preenchê-los, ou sem a nomeação daqueles que foram aprovados, os cargos foram ficando em aberto.
O corte que Sarney fará se dá exatamente nessas vagas.
A maioria delas é de cargos vagos na gráfica do Senado.
Desocupadas, não representam gastos, nem economia de imediato.
Economia para o futuro, sim, porque haveria sempre o risco de acabarem preenchidas.
De todo modo, o Senado vai na contramão de orientações do Tribunal de Contas da União (TCU), que recomenda a redução de terceirizados e cargos de indicação política (comissionados) para que a maior parte dos funcionários de órgãos públicos, aprovados por concurso, seja efetivada.
Hoje, o Senado conta com 3,4 mil servidores efetivos, 2,8 mil comissionados e outros 3 mil terceirizados.
Com o corte, a Casa preferiu dificultar o ingresso de novos concursados a dispensar servidores indicados por políticos.
O primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI), disse que existem estudos para cortes em comissionados e terceirizados.
Não disse, porém, quando tais estudos resultarão em cortes de cargos.