Por Sérgio Montenegro Filho, de Política/JC Uma festa para agradecer e confraternizar com os amigos e aliados, sem paletós nem discursos políticos.

Assim será a comemoração do aniversário de 61 anos do ainda ministro das Relações Institucionais do governo Lula, José Múcio Monteiro, que acontece hoje à noite, no Arcádia Recepções, em Apipucos.

Além dos parabéns, a festa – preparada pelos filhos Marina, Cecília e Múcio – servirá para comemorar o presente especial que ele ganhou na terça-feira passada, quando o Senado aprovou sua indicação pelo presidente Lula para o Tribunal de Contas da União (TCU), na vaga do também pernambucano Marcos Vinícios Vilaça, que se aposentou.

Segundo Marina, a filha primogênita, a festa terá um tom bastante informal, bem ao estilo do pai. “Ele só pediu que ninguém faça discursos.

Disse que quer apenas se divertir com os amigos”, avisou.

O que não impedirá que a cena política do Estado compareça em peso ao Arcádia.

Num encontro suprapartidário, afirma Marina. “Não conheço ninguém com quem meu pai não se dê bem.

Ele tem amigos de todas as correntes políticas”, reforçou.

O governador Eduardo Campos (PSB) foi um dos primeiros a confirmar presença.

Também foram convidados os três senadores de Pernambuco – Jarbas Vasconcelos (PMDB), Marco Maciel (DEM) e Sérgio Guerra (PSDB) – deputados federais e estaduais e os prefeitos da base política de José Múcio.

A festa começa as 20h30, sem hora para terminar.

A animação ficará a cargo de DJs e de uma banda, com “muita MPB e bons bregas”, também uma exigência do ministro.

ACERTOS José Múcio chegou ontem ao Recife para tratar de assuntos pessoais e para a festa de hoje.

Mas deve retornar a Brasília no fim de semana para preparar a transmissão de cargo.

Ele será substituído pelo subchefe de Assuntos Federativos, Alexandre Padilha, que até ontem respondia interinamente pelo ministério, já que Múcio estava em férias para acompanhar, no Senado, a tramitação do processo de indicação ao TCU.

A partir de hoje ele retoma o cargo até a transmissão, que acontece na segunda-feira, às 15h, na Sala Brasília do Palácio do Itamaraty.

A posse como ministro do TCU, porém, não será imediata.

Depois que passar o cargo para Padilha, José Múcio ainda terá que apresentar ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), a sua carta-renúncia ao mandato de deputado federal.

Também precisa pedir à direção do PTB a sua desfiliação do partido.

Em seguida, ele assinará o livro de posse no TCU.

A solenidade oficial está inicialmente prevista para o dia 14 de outubro, mas depende da agenda de Lula.

O governador Eduardo Campos disse ontem que ainda vai conversar com Múcio sobre a divisão do espólio eleitoral do petebista.

Eduardo adiantou que Múcio deverá discutir com prefeitos aliados e depois os dois conversariam.

A questão seria definida conjuntamente, por afinidade.