Do Jornal do Commercio de hoje: BRASÍLIA – O presidente em exercício, José Alencar, defendeu ontem que o Brasil domine a tecnologia nuclear para o desenvolvimento de armas atômicas.
Embora adote um discurso pacifista, e tenha frisado que apenas fazia uma análise como brasileiro comum, e não como presidente, Alencar observou que os países que possuem armamentos atômicos impõem mais respeito.
E isso, segundo ele, é importante para o Brasil, principalmente agora, com a descoberta das reservas de petróleo na camada pré-sal, que vão despertar a cobiça internacional. “Não adianta.
Nós temos que nos despertar que o Brasil, para ser um país realmente forte, tem que avançar nisso aí.
Especialmente para fins pacíficos.
E mesmo a arma nuclear utilizada como instrumento dissuasório é de grande importância para um país que tem 15 mil quilômetros de fronteiras a oeste e tem um mar territorial e agora esse mar do pré-sal de 4 milhões de quilômetros quadrados de área”, declarou.
Alencar lembrou que países como Índia e Paquistão, que vivem em conflito, possuem armas nucleares e que, por isso, não vão à guerra, mas sempre se sentam para negociar.
Ele está convencido de que esse tipo de artefato tornaria o País mais respeitado internacionalmente. “Uma arma nuclear é de grande importância”, avaliou, afirmando que, se o Brasil enveredasse por esse caminho, teria ainda a vantagem de dissuasão.
O Brasil é signatário da convenção de não proliferação de armas nucleares.
Além disso, a Constituição Federal proíbe o País de fabricar bombas atômicas.
Mas, para o presidente em exercício, isso não é problema. “Eu acho que isso é tudo negociado, é tudo conversado.
O Brasil hoje possui credibilidade para estar sentado à mesa. É o caso do Conselho de Segurança da ONU”, avaliou.
Ele também disse que o reaparelhamento das Forças Armadas também incluirá o Exército. “O reequipamento contempla a Marinha, o Exército e a Aeronáutica.
Pode ser que agora, por circunstância, esse caso dos submarinos contemple diretamente a Marinha, assim como os caças são da Aeronáutica, mas isso não significa que o Exército esteja deixado de lado.
A preocupação com o Exército é presente e será feita”, garantiu.