No Portal Terra BRASÍLIA - A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou nesta quarta-feira, a criação da Comissão Especial que analisará o pedido de impeachment contra a governadora Yeda Crusius (PSDB), movido pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais.
A base aliada do governo ficou com 17 cadeiras e a oposição, com 12.
O governo de Yeda tem sido alvo de acusações desde a Operação Rodin, da Polícia Federal, que investigou o suposto esquema envolvendo fraudes em contratos de prestação de serviços da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e Fundação para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae) para o Detran, e que causou o desvio de aproximadamente R$ 44 milhões dos cofres públicos, segundo o Ministério Público.
A governadora responde ainda a processo judicial movido pelo MP e é investigada por uma CPI na Assembleia.
A comissão será composta por 29 deputados, indicados pelas bancadas na semana passada.
Segundo a assessoria da assembleia, a composição respeita a proporcionalidade das bancadas e deveria ter 30 nomes.
Entretanto o PMDB, que deveria indicar cinco, apresentou apenas quatro nomes.
A comissão, convocada pelo presidente da Assembleia, Ivar Pavan (PT), reúne-se na próxima terça-feira para eleger o presidente e o relator, que terá 10 dias para apresentar o relatório final.
Segundo a assembleia, não há indicativos na legislação sobre impeachment que estabeleça a realização de reuniões durante o período de elaboração do relatório.