No auge da crise financeira mundial a Federação do Comércio de Pernambuco (Fecomércio-PE) iniciou, em novembro de 2008, um levantamento sistemático das expectativas dos empresários do varejo e realizou mais quatro sondagens durante todo o período de instabilidade e incertezas que agora caminha para seu final.
O levantamento com o empresariado da Região Metropolitana do Recife e de Caruaru mostrou que, respectivamente, 47% e 29% acreditam que a crise já passou e as expectativas são positivas em relação ao montante de vendas em relação ao ano passado.
O crescimento do PIB brasileiro no segundo trimestre divulgado recentemente pelo IBGE mostra que os empresários, tanto da RMR quanto de Caruaru, formaram expectativas bem realistas em relação ao desenvolvimento da crise e que foram as adaptando na medida em que a crise evoluiu.
No momento a expectativa reinante entre cerca de 29% dos empresários de Caruaru e 47% da RMR é de que a crise já terminou ou terminará ainda esse ano.
Além disso, prevêem crescimento nas vendas de 2009 em relação a 2008.
Novamente as expectativas dos empresários parecem bem adaptadas à realidade e se coadunam com os estudos da Fecomércio-PE que estimam um crescimento de cerca de 3% no faturamento do varejo em 2009 relativamente ao ano passado.
Em novembro, com a crise em plena efervescência, foram ouvidos 544 empresários na Região Metropolitana do Recife e 397 em Caruaru, e estes estavam muito pessimistas.
Nas duas sondagens cerca de 94% dos entrevistados admitiram que as vendas seriam afetadas pela crise.
No último levantamento, feito em agosto, com 376 e 248 empresários, respectivamente, a situação havia mudado muito.
Em ambas as áreas, o percentual havia caído para cerca de 50%.
Embora numa primeira leitura possa surpreender que metade dos empresários admitam que a crise continuava a afetar seus negócios, deve ser ressaltado que entre os entrevistados as expectativas eram de vendas maiores do que ano passado neste mesmo mês.
O que os empresários expressaram é que esse aumento poderia ter sido maior não fossem as dificuldades que atravessaram desde o fim de 2008.
Na Região Metropolitana do Recife dos 376 empresários que foram ouvidos somente 8% achavam que as vendas seriam menores do que em agosto do ano passado e em Caruaru o percentual foi de 11,3% dos 248 entrevistados.
O levantamento sistemático das expectativas mostrou que o conhecimento da crise era maior entre os empresários da RMR do que em Caruaru.
Em maio 42% dos entrevistados disseram que não tinham idéia de quando a crise terminaria, um percentual que caiu para 20% na sondagem de agosto, indicando um rápido processo de aprendizado.
Na Região Metropolitana do Recife esse percentual caiu de 18% para 9% no mesmo período.
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