A tradicional camisa “canarinha” usada pela Seleção Brasileira de futebol será produzida em Pernambuco a partir do ano que vem.

Nesta sexta-feira (18/09), o diretor-presidente do Grupo Neotêxtil - fabricante das roupas da Nike utilizadas pelo time - Sérgio Ibri, confirmou ao governador Eduardo Campos a instalação de uma nova indústria no município de Paulista, que já abrigou um importante polo têxtil na Região Metropolitana do Recife.

Além da Nike, fornecedora oficial do material esportivo para a Seleção Brasileira, a Neotêxitl produz tecidos tecnológicos para outras marcas esportivas mundiais como Oakley, Puma e New Balance.

São shorts, bermudas camisetas, jaquetas e outros artigos que utilizam a tecnologia para melhorar o desempenho dos atletas.

Em entrevista coletiva, Ibri explicou que a crescente demanda do segmento provocada pela proximidade da Copa do Mundo de 2010 e a realização do mundial de futebol de 2014 no Brasil, motivaram a Neotêxtil a ampliar a sua produção.

Ele enumerou os motivos que fizeram com que a empresa decidisse implantar sua nova fábrica em Pernambuco, como a política de atração de empresas praticada pelo Governo do Estado. “Paulista já possui tradição na indústria têxtil por isso, encontramos na região uma de mão-de-obra previamente capacitada.

A proximidade com a Petroquímica Suape e com o próprio porto, além das condições que o Governo do Estado nos ofereceu para implantar o empreendimento, foram fundamentais na nossa decisão”.

A empresa vai investir R$ 150 milhões no empreendimento que será finalizado em 2012.

Ao final do projeto, serão gerados 1.170 empregos diretos e outros 500 indiretos.

Somente na primeira fase, a Neotêxtil injetará R$ 90 milhões na construção da fábrica, localizada numa área de 20 hectares.

Os primeiros 700 postos de trabalho serão abertos no início da operação da empresa, no segundo semestre do ano que vem.

Na próxima semana, engenheiros irão visitar o local para dar início ao projeto.

A Petroquímica Suape será a principal fornecedora de matéria-prima para a empresa.

Segundo Sérgio Ibri, serão adquiridas 38 mil toneladas de fios por mês, o equivalente a 25% da produção da Petroquímica.

Cerca de 30% da produção da unidade será voltada para a exportação, via Porto de Suape para a América Latina, Canadá, parte da Europa, Austrália e África do Sul.

A unidade pernambucana será a segunda fábrica da empresa, que hoje opera na cidade de Americana, em São Paulo.

A planta contará com sete hectares de área preservada e vai fabricar 252 tipos de tecidos entre mistos de algodão e poliamida e tem capacidade de produção de 1,6 milhão de metros de tecidos por mês, seiscentos mil metros a mais que a planta paulista.