Caro Jamildo, a nota da Secretaria da Saúde publicada pelo seu blog não responde à denuncia que fizemos na Assembléia sobre a exportação de doentes de Pernambuco para a Bahia.

Na verdade, a publicação da VII Gerência Regional de Saúde do Estado, localizada em Petrolina, que mostramos na tribuna, e cujo título é bastante elucidativo -" Hospital Regional de Juazeiro já atende pacientes de Pernambuco e da Bahia" - não cita, em nenhum momento, que o hospital de Juazeiro atenderá os pacientes de Petrolina em algumas áreas e o de Petrolina atenderá os pacientes de Juazeiro em outras áreas, como deixa a entender o Governo.

A publicação, que é oficial, sequer cita qualquer hospital de Petrolina.

Ou seja, diz aos pacientes que qualquer coisa procurem Juazeiro que lá tem um hospital que, através de convênio entre o Ministério da Saúde e os governos de Pernambuco e da Bahia, está atendendo aos pacientes da fronteira dos dois estados.

O que é isso, senão a transferência oficial de doentes de Pernambuco para a Bahia ?

Petrolina tem dois hospitais - Dom Malan e Hospital de Traumas - com condições de atender os pacientes.

Só que o Governo não quer ajudar aos hospitais de Petrolina, certamente porque a cidade é administrada por um prefeito de oposição.

Prefere ajudar um hospital de Juazeiro, na Bahia.

O que dirão os petrolinenses e pernambucanos?

A nota, como já esperávamos, não rebateu a informação que demos de que quem deu calote no IMIP não foi o Governo atual, mas o anterior, do PSB.

Também não explicou porque o estado não está liberando o percentual de recursos que é devido para operação do Samu de Petrolina.

Esperamos que o governador tome as providências até porque não estamos mais no tempo de retaliações mesquinhas, muito menos em se tratando da área de saúde que responde pela vida da população.

O povo do São Francisco, que dá exemplo de tenacidade e capacidade de trabalho a todos os pernambucanos e brasileiros, não merece isto.

Está na hora de chamar o feito à ordem e corrigir os erros enquanto é tempo.

Abraços Terezinha Nunes