O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) defenderá junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a necessidade de se manter a proibição da venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios de todo o País como forma de reduzir os índices de violência entre os torcedores - inclusive na Copa de 2014.

Nesta sexta-feira (18), a entidade terá reunião com a Comissão Permanente de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios de Futebol do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais (CNPG), do qual faz parte o promotor de Justiça Aguinaldo Fenelon, secretário-geral-adjunto do MPPE e integrante do Juizado do Torcedor de Pernambuco (TJPE).

A reunião acontecerá a partir das 9h na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

No dia anterior, quinta-feira (17), os promotores da Comissão participam de uma reunião de trabalho na sede do Ministério Público daquele estado.

De acordo com Aguinaldo Fenelon, todo o grupo concorda que a proibição da venda de bebidas alcoólicas contribuiu consideravelmente para conter os casos de violência nas praças desportivas e deve ser mantida para a Copa do Mundo.

A preocupação se deve ao fato de que o Comitê Organizador Local da Copa comunicou às cidades-sede que a venda deveria ser liberada em virtude de um contrato de patrocínio já firmado com uma cervejaria multinacional.

Nas cidades e estados onde a venda é proibida por Lei – como é o caso de Pernambuco – o Comitê sugere que a legislação seja alterada. “Depois que a venda de bebidas foi proibida, primeiro pela própria CBF, depois por Lei estadual, caiu sensivelmente o registro de ocorrências violentas levadas ao Juizado do Torcedor”, garante Fenelon.

Em Pernambuco, a média do Campeonato Brasileiro da série A é de 1,2 pessoa levada ao Jetep por partida.