De Política/JC A Prefeitura do Recife enviou dois novos projetos de lei à Câmara Municipal que criam 420 cargos temporários para a estrutura da Secretaria de Assistência Social, todos com salário de R$ 465.
Os 37 vereadores apreciarão a matéria em regime de urgência – prazo de 45 dias para a análise ser finalizada.
As vagas não serão ocupadas através de concurso público, mas de acordo com a secretária da pasta, Karla Menezes, “a dinâmica será semelhante a uma seleção pública.
As vagas não serão preenchidas por indicação política, não serei eu quem decidirá quem fica”, disse.
Karla explica que a contratação de 140 orientadores, 200 educadores e 80 oficineiros acontecerá provisioriamente e sem concurso público porque se trata de vagas ligadas diretamente a programas em parceria com o governo estadual.
Um é relacionado à liberdade assistida de adolescentes infratores e o outro ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). “Essa é a modalidade sugerida pelo próprio Tribunal de Contas”, defendeu Karla Menezes.
No discurso da oposição, entretanto, prevalecerão críticas à criação de cargos sem a realização do concurso, fato considerado pelo grupo uma constante na gestão petista.
A oposição levará o tema hoje ao plenário e já sinaliza que, se depender do grupo composto por oito vereadores, os projetos terão dificuldade para a aprovação. “Só dei uma olhada rápida no texto, mas amanhã (hoje) vamos discutir.
Já aprovamos a criação de duzentos cargos para serem preenchidos através de concurso público na Assistência Social.
Isso (o projeto) vai dar problema”, previu a líder da oposição, Priscila Krause (DEM).
Na PCR, a expectativa é que em outubro a lei já esteja sancionada.
Caso os 12 vereadores aliados que já demonstraram insatisfação por não receber a “atenção” desejada da PCR decidam se opor à matéria, o projeto não passará da fase de discussão.