Deu no Estadão de hoje: Os integrantes do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) decidiram ontem afastar o desembargador Dácio Vieira do processo no qual ele proibiu o Estado de publicar reportagens sobre a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que investigou o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
A censura, porém, continua.
Relator do caso no TJ, Vieira foi o autor da decisão que censurou o jornal.
Por maioria de votos, os desembargadores do conselho concluíram, em sessão sigilosa, que Vieira não tinha isenção para continuar como relator, por causa de suas críticas ao jornal.
Vieira atribuíra ao Estado e à mídia “ação orquestrada mediante acirrada campanha com o nítido propósito de intimidação”.
Vieira fez essas críticas ao rejeitar o primeiro recurso encaminhado pelo jornal, uma exceção de suspeição.
A defesa sustentava que o desembargador não poderia atuar no caso, pois tinha relações com a família Sarney.
Com base na recusa e nos argumentos do juiz, o Estado ingressou com nova exceção de suspeição.
Ontem, na primeira fase do julgamento, o TJ rejeitou o primeiro recurso, mas acolheu o segundo e afastou o juiz.
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