Por Antônio Magalhães, em seu blog Recomeçou o zum-zum sobre a possibilidade de implantação de uma usina nuclear em Pernambuco para gerar energia elétrica.

O tema foi para a tribuna da Assembléia Legislativa.

O deputado Carlos Santana, do PSDB, soube que esta usina pode vir a ser instalada em Suape, sua base eleitoral.

O parlamentar disse que é contra a usina em Suape e quer debater o tema em audiência pública na Assembléia.

A coisa parece séria.

O governador Eduardo Campos já fez a inscrição do Estado junto às autoridades do setor.

O pessoal do governo entende que é preciso pensar em energia nuclear como alternativa estratégica para o futuro.

Apesar de outras opções, a nuclear não pode ser descartada, acreditam os governistas.

Não fazem qualquer reflexão pública sobre o destino do lixo nuclear, resíduo da geração de energia e altamente radioativo e mortal por séculos.

Se tocar a Pernambuco abrigar a usina nuclear, Eduardo Campos vai enfrentar uma batalha, que não é só com a opinião pública ou com os ambientalistas.

O governador vai ter que mudar a Constituição Estadual.

O seu artigo 215 proíbe a instalação de usinas nucleares em Pernambuco enquanto não se esgotar toda a capacidade de produzir energia elétrica de outras fontes.

Quando a Constituição Estadual foi promulgada, em 1989, o governador de Pernambuco era Miguel Arraes, avô de Eduardo e pouco simpático à energia nuclear.