Por Ana Lúcia Andrade, na Coluna Pinga-Fogo/JC Pelas ondas da internet, Armando Monteiro Neto colocou o pé na estrada na briga por uma das vagas ao Senado em 2010.
No entusiasmo do lançamento ontem de seu site de candidatíssimo, veio com um discurso todo prontinho para o adversário claramente escolhido na disputa, o senador e provável candidato à reeleição Marco Maciel (DEM).
Mantinha-se até então nas cercanias do cargo de presidente estadual do PTB, que somente por aí já tinha o passaporte para desfilar como candidato ao Senado por aí fora.
Como vem fazendo, há muito tempo.
Mas Armando decidiu se livrar da discrição do cargo e atuar abertamente como pré-candidato.
Escolheu enfrentar um adversário discreto.
Que por nada terá esse perfil alterado, garantem seus assessores e os que pensam cada passo eleitoral de Marco Maciel em quase todas suas campanhas.
Tanta confiança na fórmula de manter Maciel como ele é, há mais de 40 anos, mesmo numa eleição que se renova com a chegada da internet, ampara-se no estudo exatamente de sua trajetória de décadas. “Pode ter muita gente que não vota em Marco Maciel, mas não se encontra um, um só ex-eleitor dele, alguém que tenha se decepcionado com ele”, ilustram.
Os macielistas traduzem essa tal capacidade do democrata de cultivar seu eleitorado de “piso eleitoral, um ponto de partida”.
Agregam a isso uma votação mais ou menos uniforme do senador em todas as classes sociais e regiões do Estado.
E acreditam que foi por esse histórico que Armando Monteiro o escolheu adversário número um.
Mas garantem: uma página sequer desse calendário MM vai antecipar.
Bom, isso é o que vamos ver.