A unidade irá fabricar um produto chamado FDG, uma susbtância chamada radiofármaco utilizada nas tomografias PET, capaz de identificar tumores em estágio inicial, além de ser usado em outras áreas como cardiologia e neurologia.
No caso, a unidade a ser inaugurada por Lula oficialmente nesta sexta-feira poderá fornecer o FDG para mais de 20 tomógrafos distantes até 300 quilômetros.
Em sua capacidade máxima, ajudaria a vida de mais de 50 milpacientes por ano.
No primeiro momento, o Hospital Português será o primeiro beneficiado pela inauguração da Unidade de produção de Radiofármacos, que Lula inaugura nesta sexta-feira na UFPE.
Antes, a empresa era obrigada a comprar o produto em São Paulo.
Agora em outubro, o segundo hospital a se beneficiar será o Imip, nos Coelhos.
O presidente da Comissão Nacional de Energia Nucelar, Odair Gonçalves, disse agora à tarde que serão beneficiados cerca de 20 hospitais a partir do Recife, em um raio de 300 quilômetros.
Isto porque o medicamento nuclear tem vida curta, de horas, sendo produzido sob encomenda, apenas.
Depois de até quatro horas, é eliminado pelo organismo.
A produção é pioneira no Norte e Nordeste.
Antes, só havia produção em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília.
No evento de amanhã, Lula deve dizer que é uma contribuição para acabar com as desigualdades regionais.
Para que o benefício se torne efetivo, será necessário que os hospitais comprem equipamentos mais modernos, que fazem a chamada tomografia PET.
Se o governo federal, via SUS, financiar a compra, o negócio se viabiliza antes.
Para que se tenha idéia, a compra de um tomógrafo moderno assim não sai por menos de US$ 3 milhões.
Os exames custam mais de R$ 3 mil e cada dose é tabelada em R$ 850,00.
Os equipamentos especiais são usados para transformar as emissões dos radiofármacosem imagens que mostram como está o funcionamento de determinado órgão.
O governo Lula informou agora à tarde que a compra dos equipamentos e na construção somou cerca de R$ 18 milhões.
O núcleo tem cerca de 2 mil metros quadrados e funciona no Ministério da Ciência e Tecnologia na UFPE.