Numa de suas visitas ao Estado nesta sexta-feira, Lula vai dar uma passadinha na biofábrica governador Miguel Arraes.
O laboratório foi criado e implantado em 2005, com investimentos de cerca de R$ 3 milhões.
A proposta era a produção de mudas para melhorar a produção de cana do Nordeste.
Foi importada tecnologia de Cuba, com mudas selecionadas para a melhoria da produtividade e mais resistência (proteção sanitária).
Pois bem.
Com uma capacidade de produção de até 1,5 mil mudas por mês, o laboratório produz cerca de 500 a 800 mil mudas por mês, segundo os organizadores do projeto. “O problema maior é no campo.
Por falta de infra-estrutura no campo para receber a produção”, diz Fernando Jucá.
Ele disse que, para ampliar a produção, a aposta tem sido acordos com sindicato dos plantadores e também dos usineiros, não apenas em Pernambuco, como Paraíba, Alagoas e até sul do Ceará, que está plantando cana. “Com o projeto, 17 mil plantadores de cana podem ter acesso às mudas, à nova tecnologia, que antes era privilégio de poucos usineiros”, diz Fernando Jucá, lançando mão daquele velho discurso ideológico contra as classes produtoras.
Detalhe que uma muda do laboratório oficial custa sete centávos, contra 40 ou 50 centavos de uma muda no mercado.
Se é tão boa, qual a razão para não sair?
Ninguém explicou.
Para viabilizar o empreendimento, o governo federal amplia a produção de mudas para Eucalipto, pião manso, entre outros.”Aqui nós temos um berçário, onde as crianças saem e são levadas para as estufas no campo”.