Os desembolsos do BNDES no Estado bateram recorde histórico, chegando a quase R$ 11 bilhões, por causa do financiamento para a implantação da Refinaria Abreu e Lima.
Sem considerar a operação com a refinaria, os desembolsos cresceram 55%, chegando a R$ 1 bilhão Do financiamento de R$ 25 bilhões concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Petrobras, no final de julho passado, R$ 9,89 bilhões são destinados à implantação da Refinaria Abreu e Lima.
Com isso, os desembolsos do BNDES para Pernambuco, no período de janeiro a julho deste ano, bateram recorde histórico, alcançando o montante de R$ 10,890 bilhões.
Pernambuco tornou-se, então, o terceiro Estado do País em volume de recursos recebidos do Banco, ficando atrás apenas de Rio de Janeiro e São Paulo, que, nos primeiros sete meses de 2009, receberam, respectivamente, R$ 19,3 bilhões e R$ 15,2 bilhões.
O financiamento para a refinaria fez também a participação do Nordeste nas liberações totais do BNDES saltar para 19%, atingindo a soma de R$ 14,006 bilhões.
Além de ser a maior operação de financiamento já contratada pelo BNDES, o que se justifica pela importância estratégica da Petrobras, esse empréstimo de R$ 25 bilhões é pioneiro também pela suas características financeiras.
Trata-se do primeiro financiamento do Banco a ser liquidado em títulos de governo.
Para isso, o BNDES captara, junto ao Tesouro Nacional, R$ 25 bilhões em títulos públicos, que foram repassados a três empresas do grupo Petrobras para a realização de investimentos, sendo R$ 9,89 bilhões para a Refinaria Abreu e Lima, R$ 9,41 bilhões para a Petrobras S.A. e R$ 5,70 bilhões para a Transportadora Associada de Gás (TAG).
Os desembolsos, portanto, não se deram em dinheiro. À medida que as empresas forem executando seus projetos, venderão tais títulos, para obter os recursos financeiros necessários para a realização dos investimentos produtivos.
O montante destinado pelo BNDES à refinaria será utilizado para financiar os investimentos a serem realizados este ano e em 2010.
Com início da operação previsto para 2011, a unidade terá capacidade de processamento de 230 mil barris de petróleo por dia, e estará preparada para processar 100% de petróleo pesado, produzindo derivados de baixo teor de enxofre.
Seu mix de produtos será concentrado na produção de diesel, além de gás de cozinha (GLP), nafta petroquímica e coque.