De Esportes / JC O governo do Estado garantiu ontem que Pernambuco não corre risco de deixar de ser uma das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014, enquanto a Confederação Brasileira de Futebol descartou, em nota oficial, a redução do número de cidades sedes para dez.

A hipótese nasceu a partir de informações divulgadas pelo jornal Folha de S.

Paulo, que apontou Recife, Salvador, Manaus, Natal e Cuiabá como as capitais mais ameaçadas.

A Fifa estaria incomodada com o atraso no cronograma das obras de construção dos estádios.

Nas cinco capitais mencionadas, há atraso na publicação dos editais de licitação, que completa nove dias hoje.

O prazo estabelecido pela Fifa era 31 de agosto.

Em Pernambuco, o governo espera dar início ao processo licitatório no próximo dia 16. “Atrasos são normais em obras grandes e a Fifa entende isso.

No momento, não existe qualquer chance de ficarmos de fora da Copa”, garantiu o secretário de Esportes do Estado, George Braga. “Mas se a Fifa considera que existem problemas, deve nos procurar para conversar, a fim de que possamos resolvê-los”, completou.

Em nota oficial, a CBF minimizou os atrasos na publicação dos editais de licitação. “O importante para o Comitê Organizador Local é o início das obras para reforma ou construção dos estádios, o que está estabelecido para o início de março, e não o lançamento dos editais de licitação”, rezava a nota.

Segundo o secretário George Braga, uma vez aberta a licitação, o Estado precisará de 120 dias, no máximo, para conhecer a empresa que será responsável pela construção do estádio em São Lourenço da Mata.

Até agora, apenas a construtora Odebrecht mostrou interesse na obra orçada em R$ 450 milhões, tendo feito inclusive o estudo de viabilidade econômica do projeto.

A construção está prevista para começar no dia 28 de fevereiro de 2010. “O que posso garantir é que o projeto de Pernambuco é sólido e que estamos fazendo o nosso melhor para sediar a Copa de 2014”, afirmou Braga.

Em evento em Joanesburgo, na África do Sul, ontem, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, criticou a morosidade brasileira para a Copa do Mundo de 2014 em geral, mas principalmente o estádio do Morumbi, por seu estacionamento “pequeno” e seu entorno “complicado”. “Está na hora de o Brasil começar a trabalhar.

Não há nada lá.

Nem um estádio sequer em condições”, afirmou.