“O slogan João é João é o maior estelionato eleitoral de que se tem notícia na história do Recife”, detonou a vereadora Priscila Krause (DEM), no programa de Aldo Vilela na Rádio CBN, durante a tarde de hoje. “O fato é que o ex-prefeito João Paulo não desencarnou do cargo e o atual ainda não conseguiu encarnar a realidade de que é o prefeito do Recife”, completou, numa referência aos recentes atritos entre João Paulo e João da Costa e das celeumas pelas quais passa a administração municipal nesses primeiros oito meses do ano.
Para ela, João da Costa recebeu uma “herança maldita” da qual foi cúmplice. “Ele teve que engolir todo o modelo de João Paulo – que engana bem melhor do que ele, diga-se de passagem – mas só pecou por omissão e cumplicidade, no momento em que se escondeu atrás do João é João”, disse. “João da Costa não tem a dimensão do cargo de Prefeito do Recife. É um péssimo gerente hoje e o foi da mesma forma quando secretário”, afirmou Priscila, lembrando que o prefeito nem de longe está livre dos problemas que atormentaram a gestão no primeiro semestre.
Segundo a vereadora, a Prefeitura inverte claramente as prioridades: aumenta cada vez mais o investimento em propaganda, deixando à míngua os serviços básicos de manutenção da cidade. “A verba publicitária saltou de R$ 9 milhões para R$ 12 milhões, enquanto isso amanhã (dia 4) completa um mês da morte de homem na fila da Policlínica da Campina do Barreto.
Além disso existem os indícios de superfaturamento no esquema do lixo, que está sendo investigado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas do Estado.
Está claro que existe um esforço da área de comunicação da Prefeitura para que a gestão seja percebida de um jeito positivo, mas nas ruas isso é a última coisa que acontece”.
Priscila destacou o incômodo que seu Discurso Imagem causou entre os vereadores da base governista. “Não precisamos dos R$ 12 milhões: com uma câmera fotográfica filmamos o Recife real, exibimos na Câmara de Vereadores.
Está tudo lá: o abandono das calçadas, as canaletas entupidas na periferia, o lixo emporcalhando a cidade, o Parque do Caiara com uma Refinaria Cultural de R$ 2 milhões e que não saiu do papel, o abandono do Parque Santana e várias outras coisas.
Esse é o Recife que a população percebe”.