(Foto: Alexandro Auler / JC Imagem) Varia entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões o investimento da Novartis para construção da fábrica em Goiana, na Zona da Mata pernambucana.

Uma estimativa pouco precisa, há de se dizer, afinal, US$ 200 milhões fazem uma diferença tremenda.

A empresa ainda não especificou que tipo de vacinas produzirá em solo pernambucano.

Outro questionamento em aberto, também vale salientar.

Incorreções a parte, no lançamento da pedra fundamental da fábrica em Goiana, nesta quinta-feira (3), celebrou-se uma “festa de casamento”, nas palavras de Alexander Triebnigg, presidente da Novartis Brasil.

Tanto nos discursos quanto na coletiva de imprensa, Triebnigg fez questão de destacar que o processo da escolha de Pernambuco para a instalação da fábrica foi tão competitivo quanto uma Copa do Mundo.

Numa tenda gigante montada a 200 metros do km 2 da BR-101 Norte, com sistema de ventilação de ar, buffet e estrutura sofisticada comum às visitas presidenciais, o ministro da Saúde José Gomes Temporão, o governador Eduardo Campos e executivos do grupo oficializaram a implantação da fábrica no Estado.

Gigantes da área farmacêutica, a Novartis tem 100 mil funcionários, atua em 140 países, investe R$ 14 bilhões em pesquisa por ano e é uma das empresas farmacêuticas mais antigas do País - há 80 anos em território brasileiro.

Nos próximos meses, será iniciada a terraplanagem do terreno de 350 mil metros quadrados no polo farmacoquímico em Goiana.

A previsão é de que a fábrica esteja pronta para operar em 2014 e dê emprego, inicialmente, a 120 pessoas.

A empresa pretende investir em vacinas contra meningite e gripe, no entanto, não há definição quanto os tipos.

De acordo com presidente da Novartis no País, a empresa foi a pioneira no mundo no desenvolvimento e comercialização da vacina contra a gripe A (H1N1).

Além de atender o Brasil, a Novartis também vai exportar. “Queremos ser líderes na produção de vacina no mundo”, afirmou Alexander Triebnigg.

O diretor de negócios da AD Diper, Agnaldo Nunes de Souza, prevê que a movimentação financeira com as exportações no Estado dupliquem com a chegada da Novartis. “Pernambuco exporta US$ 800 milhões e nossa expectativa é dobrar esse valor”, disse.

Novartis vai gerar 120 empregos em fase inicial.

Estimativa é de que vagas cheguem a 500