Diante do anúncio do Governo Federal sobre o marco regulatório do pré-sal, as entidades médicas - Simepe e Cremepe - vem a público expressar que os recursos provenientes da comercialização do petróleo e do gás que existem na camada pré-sal sejam destinados prioritariamente para políticas públicas que combatam as desigualdades sociais - educação, saúde, assistência à saúde, segurança e pesquisa, entre outras.
Defendemos que, os royalties não podem ficar apenas concentrados numa parte do País, porque vêm de uma riqueza que pertence à nação brasileira.
Eles devem ser entendidos e aplicados como iniciativa de redução de desigualdades entre os entes federados.
O Brasil, apesar de estar entre as dez maiores economias do mundo, é um dos campeões de desigualdade social.
O debate sobre as novas regras para exploração petrolífera trouxe à tona a discussão sobre uma riqueza situada a cerca de 8 mil metros de profundidade, que pode chegar a US$ 7 trilhões.
Trata-se de estimativas (ainda não oficiais) sobre as reservas de petróleo da chamada camada pré-sal, que variam de 50 bilhões a 100 bilhões de barris.
Entendemos que os recursos do pré-sal, bem administrados, podem proporcionar grandes mudanças no País.
No entanto, para gerir esses recursos e cuidar de sua destinação, é de fundamental importância a criação de um fundo social independente, com gestão que inclua a participação de representantes da sociedade civil organizada e, sobretudo, dos trabalhadores.
Além do incremento de fontes de alternativas de energia renovável.
A bancada dos deputados federais e dos senadores de Pernambuco precisa se manifestar em defesa dos interesses do estado e da população como um todo.
A indústria de petróleo é, sem dúvida alguma, um setor estratégico para a economia e o desenvolvimento nacional.
Defendemos o primado da sustentabilidade nacional e do compromisso equânime com as futuras gerações.
Recife, 02 de setembro de 2009 Sindicato dos Médicos de Pernambuco – Simepe Conselho Regional de Medicina de Pernambuco - Cremepe