A Usina Catende voltará a moer.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira (31), sem alarde, pelo juiz Sílvio Romero Beltrão, da 18ª Vara Cível da Capital, onde tramita o processo de falência da Usina.

O magistrado determinou que o síndico Carlos Antônio Fernandes Ferreira, nomeado no dia 13 de agosto para gerir a Massa Falida procedesse as ações necessárias para o início da moagem da safra 2009/2010.

A empresa conta com o saldo de R$ 61,4 mil, frente ao débito de R$ 1,32 milhão referente aos salários pendentes do mês de agosto.

Para dar início a moagem, a Usina teve que gastar R$ 560 mil no apontamento (revitalização do maquinário) Diante da necessidade de pagar o salário do mês de agosto dos três mil trabalhadores e custear o apontamento da Usina, o síndico Carlos Antônio realizou diversas diligências junto à Justiça Federal de Pernambuco.

As execuções judiciais tiveram o objetivo de conseguir a liberação do valor depositado em favor da Usina, obtida em decorrência da desapropriação de engenhos da usina pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

Com esse valor será possível pagar os salários pendentes, conforme planilha de despesas apresentada.

O primeiro pagamento será realizado na próxima sexta-feira (4).

Para tanto, a conta-corrente da Massa Falida, antes bloqueada, foi liberada pelo magistrado.

Segundo o juiz Sílvio Romero, o valor será restituído à Justiça após a safra. “Era essencial a utilização do dinheiro agora, pois, do contrário, a Usina não teria condições de moer, nem mesmo teria condições de pagar os trabalhadores”, informou.

Na decisão do magistrado, consta também a declaração da existência de um crédito da Usina Catende junto à União Federal, o qual seria suficiente para pagar todos os débitos.

Na decisão do magistrado consta também a declaração da existência de um crédito da Usina Catende junto à União Federal, o qual seria suficiente para pagar todos os débitos.