Por Isaltino Nascimento O debate sobre a exploração das jazidas gigantescas de petróleo e gás da camada pré-sal só está sendo possível hoje por conta do compromisso do presidente Luís Inácio Lula da Silva com o fortalecimento das instituições públicas, a exemplo da Petrobrás.

Sem os investimentos na estatal, o país não teria desenvolvido a tecnologia que permitiu descobrir as reservas situadas entre cinco e sete mil metros abaixo do nível do mar, sob uma camada de sal que, em certas áreas, alcança mais de 2 mil metros de espessura.

Os questionamentos e críticas dos neoliberais demo-tucanos, contra o controle do Estado brasileiro sobre tamanha riqueza, não são de estranhar.

Quem não se lembra da fúria estatizante de Fernando Henrique Cardoso, que chegou a dizer que a Petrobras era o último dinossauro a ser desmantelado no país e até tentou mudar o nome da empresa para Petrobrax.

Naquela época, a companhia viveu um momento muito difícil, com dificuldades de captação externa e sem recursos próprios para bancar os investimentos.

Hoje, vivemos uma situação diferente.

Graças à política de fortalecimento da Petrobras, a companhia reagiu de forma impressionante.

O que a transformou na maior empresa do Brasil, na quarta maior companhia do mundo ocidental e posicionada entre as grandes petroleiras mundiais.

Como bem frisou o presidente Lula, no lançamento do marco regulatório para exploração do pré-sal, a boa administração destas jazidas pode impulsionar grandes transformações no Brasil, consolidando a mudança de patamar de nossa economia e a melhoria das condições de vida de nosso povo.

Para tanto é preciso que o Estado brasileiro esteja de frente no controle da produção do gás e do petróleo.

E não fazendo contratos de riscos em benefício de capitais estrangeiros, como defendem alguns.

E isso significa soberania.

Por isso a importância da definição do marco regulatório enviado à apreciação do Congresso assegurando que a maior parte da renda gerada deve permanecer nas mãos do povo brasileiro.

Outro ponto importante é a decisão de agregar valor ao petróleo, exportando derivados, como gasolina, óleo diesel e produtos petroquímicos, que valem muito mais.

Isso vai permitir a geração de mais empregos e a construção de uma poderosa indústria fornecedora dos equipamentos e dos serviços necessários à exploração do pré-sal.

O pré-sal é um passaporte para o futuro.

O que significa que a sua principal destinação, como destacou o presidente Lula, deve ser a educação das novas gerações, a cultura, o meio ambiente, o combate à pobreza e uma aposta no conhecimento científico e tecnológico, por meio da inovação.

Por isso, os recursos gerados devem ser investidos no que há de mais precioso e promissor: nossos filhos, nossos netos, nosso futuro.

PS: Isaltino Nascimento (www.isaltinopt.com.br), deputado estadual pelo PT e líder do governo na Assembleia Legislativa, escreve para o Blog todas às terças-feiras.