Gilberto Dimenstein, na coluna Pensata Vou logo dizendo que não entendo nada de prospecção de petróleo.

Sou, como a imensa maioria dos eleitores, um leigo.

Mas não precisa ser geólogo para ver que o anúncio do pré-sal é uma prospecção pré-eleitoral, como se a questão fosse entre os vendidos aos interesses estrangeiros e os defensores das riquezas nacionais –o que é obviamente uma exploração.

Existe aqui uma questão educativa.

O que qualquer um pode saber, sem entender nada de petróleo, é que a questão extremante complexa, com as mais diversas opiniões e análises, como vemos pelos jornais.

Quanto mais aumenta o debate, maior o número de opiniões.

Por que, então, aprovar o marco regulatório do pré-sal rapidamente no Congresso, como quer o governo Lula?

Será que uma questão tão delicada e vital não deveria envolver maior esclarecimento da opinião pública, capaz de influenciar os parlamentares?

Obviamente não.

Um erro agora será pago por muito tempo –e com muito dinheiro.

O problema é que, em política, as prospecções em período eleitoral são tão profundas a distância que separa o palanque da terra.